Homer Evolution

Homer Evolution

terça-feira, 9 de março de 2010

A evolução humana

O Homem actual é o resultado de profundas mutações, isto é, de toda uma série de mudanças e alterações de outros seres mais primitivos.



Os hominóides

Actualmente muitos cientistas tendem a pensar que procedemos de um grupo derivado dos prossímios denominado hominóides. Estes apareceram em África há cerca de milhões de anos. Caminhavam erguidos, poderão ter utilizado armas e ferramentas e tinham um cérebro de maiores dimensões do que o de outros símios que, junto com eles, povoavam a terra no período Cenozóico.
Os hominídeos, ramo de que descende o Homem actual, constituem uma das duas linhas diferentes em como evoluíram os hominóides, dando lugar, por outro lado, aos macacos actuais, como o gorila e o chimpanzé. Sendo assim, o homem não procede de nenhum macaco actual, mas de um antepassado comum a todos eles, muito distante no tempo.

O australopiteco

Os primeiros hominídeos (membros da família do Homem) que se conhecem pertencem ao grupo denominado australopitecos, ou “símios meridionais”, que apareceram em África há uns cinco milhões de anos. Estes hominídeos são totalmente diferentes do Ramapithecus. Tinham criado o hábito de andar sobre os membros traseiros, embora não haja nenhuma certeza da razão pela qual desenvolveram essa capacidade. Foram expostas diversas teorias: talvez os descendentes do Ramapithecus tivessem começado a pôr-se de pé, entre as ervas altas, para avistar os predadores, ou talvez se erguessem para se defenderem com paus e ossos. Estas teorias não são inteiramente satisfatórias e a aparição da marcha erecta ainda não se encontra devidamente explicada.
O Australopiteco media pouco mais de 1 m de altura e usava paus ou ossos de animais para caçar. A presença do dedo polegar oponível aos outros quatro dedos – que lhe permitia usar a mão como pinça – facilitou-lhe também o fabrico de utensílios, embora não fosse capaz de acender o fogo.
O primeiro crânio de um australopiteco foi descoberto em 1924 na caverna de Taung, na África do Sul. Este foi chamado de Australopithecus africanus.
Encontraram-se posteriormente restos de Australopithecus noutras cavernas da África do Sul. Em breve se concluiu que existiam dois tipos diferentes. O Australopithecus africanus era um hominídeo pequeno, de estatura leve, com um cérebro pequeno e dentes do tipo humano. O Australopithecus robustus (também conhecido como Paranthoropus) era muito maior, tinha maxilares poderosos e arcadas supraciliares como as de um gorila. Crê-se que estas duas formas possam ter convivido. O Australopithecus africanus parece ter-se alimentado de cadáveres, poderá ter sido caçador e mesmo ter usado paus e ossos como armas. O Australopithecus robustos, porém, parece ter-se alimentado principalmente de vegetais. Simultaneamente, pensa-se, hoje em dia, que nenhum desses hominídeos foi o antepassado directo do homem.

O Homo habilis

Em 1959, aquando de umas escavações na garganta de Olduvai, na Tanzânia, na África Oriental foi descoberto um maciço crânio hominídeo. Alcunharam-no de “homem quebra-nozes”. Posteriormente verificou-se que se tratava de um outro australopiteco robusto e foi-lhe dado o nome de Australopitheco boisei.
A princípio pensou-se que se havia descoberto o fabricante das ferramentas de pedra. Toda a colecção de fósseis tinha 1,75 milhões de anos e eram, por isso, as mais antigas ferramentas que se conheciam até à data. Posteriormente encontraram restos de um outro hominídeo, de compleição mais leve, que era muito diferente dos fósseis dos australopitecos. Os seus membros e pés mostravam que andava bem e tinha fortes mãos preênseis. Como tal, era muito mais provável que as ferramentas de pedra tivessem sido feitas por este hominídeo, o qual foi chamado de Homo habilis ou “homem hábil”.
Uma das diferenças mais nítidas entre o Homo habilis e os australopitecos era o tamanho do cérebro. Enquanto o Australopithecus boisei tinha um cérebro com 500-550 Cm3, o Homo habilis tinha um cérebro com 650 Cm3. Para além disso, o Homo habilis era um pouco mais alto que o australopiteco. Crê-se que os dois hominídeos tenham vivido simultaneamente até cerca de um milhão de anos atrás. O Homo habilis poderá mesmo ter dado caça ao Australopithecus boise e é possível que tenha sido o primeiro ser a utilizar a linguagem oral.
Quando foi descoberto, pensou-se que o Homo habilis fosse o antepassado directo do homem actual. Mas durante os últimos dez anos, aproximadamente, a situação complicou-se bastante. Em 1972, no lago Rudolfo, no Quénia, foram encontrados pedaços de um crânio que pertenciam a um hominídeo aparentemente avançado, pois tinha um cérebro muito maior que o do Homo habilis. Este foi incluído no género Homo, mas ainda não recebeu o nome da espécie. É apenas conhecido pelo número da descoberta, o “1470”. Pensa-se que tenha cerca de dois milhões de anos.
Os cientistas debatem actualmente duas questões principais: Havia dois, três ou mais grupos de hominídeos a viver em África, há dois milhões de anos? E qual dos grupos deu origem aos primeiros homens verdadeiros? As provas sugerem que havia, pelo menos três ou quatro grupos, e desses, os hominídeos “1470” são os mais prováveis antepassados do homem moderno.

O Homo erectus

Há cerca de dois a um milhão de anos, os descendentes dos primeiros hominídeos evoluíram rapidamente e espalharam-se pela Ásia e Europa. Tinha aparecido o verdadeiro homem.
Em 1871, Charles Darwin sugeriu que os antepassados do Homem seriam descobertos em África. Na mesma altura, outros cientistas sugeriram que o orangotango – o “velho da floresta” – estava próximo de ser um antepassado humano. Perante isto, em 1891, encontraram-se restos fossilizados do homem em Trinil, nas margens do rio Solo, na ilha de Java, nomeadamente a parte superior de um crânio fossilizado, um dente e um fémur. Este foi considerado também um dos antepassados do Homem ao qual foi dado o nome de Pithecanthropus erectus.
Durante muitos anos, desde o início do séc. XX até cerca da década de 30, foram encontrados diferentes fósseis que receberam todos nomes diferentes. Actualmente todos se encontram agrupados sob o mesmo nome – Homo erectus.
O Homo erectus era muito diferente do dos primitivos hominídeos. O seu crânio era mais espesso, tinha grandes arcadas supraciliares por cima dos olhos e os seus cérebros eram muito maiores. A sua maior particularidade era o facto de caminharem numa posição mais erecta, ou seja, de pé. Alguns deles tinham a altura do homem actual, mudança que está relacionada com a transição de alimentação em pequena escala de animais mortos para a caça em larga escala. Para além disto, apresentava uma inteligência e uma cultura muito superiores às dos outros hominídeos anteriores a ele.

Homo sapiens neanderthalensis

A partir de certos grupos de Homo erectus apareceram os primeiros Homo sapiens, há aproximadamente meio milhão de anos. Viveram até há 30 000 anos, momento em que foram substituídos por selecção natural pelo homem moderno, o Homo sapiens sapiens.

Homo sapiens sapiens

Há cerca de 30 000 anos, o homem moderno vivia na Europa. Os seus fósseis, instrumentos e pinturas demonstram que era muito diferente do Homo erectus ou do Homem de Neanderthal. Mas o homem moderno apareceu subitamente e não há certezas quanto às suas origens.
O homem moderno é designado pelo nome latino de Homo sapiens sapiens. Este apareceu por evolução gradual do homem de Neanderthal em África e na Ásia, enquanto na Europa parece ter havido uma substituição drástica, vindo-se a chamar nesta zona homem de Cro-Magnon, exactamente igual ao homem de hoje.
Pouco se sabe das origens do homem Cro-Magnon. Há provas de viverem na Europa formas do homem mais avançadas que o Homo erectus há cerca de 250 000 anos. Foram encontrados pedaços de crânios em Swandsscombe, na Inglaterra, e Steinham, na Alemanha, que poderiam ter sido formas intermédias entre o Homo erectus e o Homo sapiens.
A primeira prova da existência do homem moderno provém de crânios descobertos em Israel. Têm 35 000 a 50 000 anos de existência. Encontrou-se também na Etiópia um crânio muito mais antigo, talvez com 120 000 anos. Sendo assim, possivelmente os antepassados dos Cro-Magnon terão vivido no Norte de África. Daí deverão ter migrado para o Médio Oriente e Ásia. Cerca do final da última Idade do Gelo mudaram-se para a Europa, onde expulsaram os homens de Neanderthal ou cruzaram-se com eles.
Seja qual for a sua origem, o homem de Cro-Magnon era ainda um caçador. Não guardava animais nem fazia culturas. Vivia em cavernas e fazia utensílios de pedra extremamente úteis.
Simultaneamente, o homem começava a revelar a sua capacidade artística. Como a caça requeria muito pouco tempo, o homem de Cro-Magnon tinha bastante tempo para se dedicar a outros assuntos. Há cerca de 25 000 anos, alguns dos povos europeus modelavam já pequenas figuras de argila e esculpiam estatuetas de marfim em miniatura. Também faziam jóias em conchas, dentes, ossos, argila e outros materiais.
Os homens de Cro-Magnon viviam perto das aberturas das cavernas e, provavelmente, mudavam-se mais para o interior durante o Inverno. Foi nas paredes das suas cavernas que o homem começou a traçar desenhos. A princípio eram apenas contornos feitos com o dedo ou com um pau, mas mesmo esses desenhos revelam que os artistas possuíam um excelente conhecimento dos animais e da sua anatomia. Posteriormente, começaram a colorir os desenhos utilizando pigmentos da terra existente no local. Talvez tivessem feito pincéis com pêlos de animais, extremidades aparadas de paus ou pedaços de musgo. Frequentemente, o artista gravava parte da sua pintura na parede da caverna.
Ninguém sabe por que motivo as pinturas foram feitas em zonas tão interiores das cavernas. Deve ter sido muito difícil trabalhar aí, pelo que o homem utilizava escadas primitivas feitas de ramos de árvores para alcançar as partes mais elevadas das paredes da caverna. A luz era fornecida por uma vela constituída por um pavio de musgo a arder numa gamela de argila com gordura animal. Algumas das pinturas foram provavelmente feitas por gosto, enquanto outras poderão estar relacionadas com religião ou magia, de modo a assegurar êxito nas caçadas ou ter feito parte de ritos iniciáticos, quando os rapazes atingiam idade suficiente para se tornarem caçadores.
Os homens Cro-Magnon foram os últimos caçadores do Paleolítico. À medida que os lençóis de gelo começaram a recuar há 12 000 anos, as culturas do Mesolítico começaram a desenvolver-se. Por essa altura, o homem já tinha alcançado todas as partes do Mundo e as diversas raças do homem moderno já se encontravam em evolução.
Na actualidade, a espécie humana continua a evoluir, embora a sua evolução natural esteja condicionada.

3 comentários:

  1. Alguns outros fatos sobre a evolução: http://www.criacionismo.com.br/2010/11/alguns-fatos-sobre-evolucao.html

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  2. Nossa que desenho mais preconceituoso....podia denunciar por racismo...dizer que a Africa nao houve evolução e que parou nos macacos é o mesmo que comparar os africanos a macacos...puro racismo e falta de conhecimento

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  3. Também não gostei da forma em que retrataram a evolução da África. Todos evoluímos igualmente, com a permissão de Deus.. Não é porque as realidades dos continentes são diferentes, que somos diferentes. Isso é RACISMO. Querer fazer deles os piores para se sentir melhor. Mas você sabe a história cultural da Africa, então, lá é o berço da civilização Mundial, lá teve os maiores avanços daquela época. Eles se viraram naquele tempo, e hoje, graças as explorações internacionais, se tornaram um dos continentes mais pobres do Mundo. Pesquise, e depois poste coisas retardadas e irracionais, como essa. Boa tarde. E boa pesquisa.

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